seres fantásticos

Estava escuro e a gata, ao morder a minha mão, tentava me alertar sobre algo. Por muitas vezes tentei aguçar a visão, mas via apenas um vulto, algo que parecia se mover sobre a porta na altura da ventarola. Sim, se movia mesmo. Ficou evidente quando fiz o som de sempre para chamar a gatinha e então pude vê-lo caminhando agarrado à parede, olhando para mim. Grandes olhos, ar assustado, corpo esguio e longos e finos dentes à mostra. Silencioso como um espectro, parecia mesmo não pertencer a este mundo. Mas o que eu conheço deste mundo afinal?