éter

Procuro certificar-me da realidade ensaiando firmeza no toque, mas você, volátil, escapa-me por entre os dedos. Recordo quando sua amiga nos apresentou e as semanas que se seguiram até que derramasse tudo aquilo que o seu olhar carregava naquela primeira vez em que a ouvi articular o próprio nome. Com uma pergunta alguém interrompe o meu momento nostálgico, então você ressurge, acomoda-se ao meu lado, fita-me profundamente e, com um delicioso e suave sorriso, toma a minha mão, a acaricia e sussurra “vamos ouvir o que tem a dizer”.